Você sabia que a micção noturna frequente, também chamada de noctúria, pode estar associada a alterações na próstata que impedem o esvaziamento completo da bexiga? É o caso do aumento da glândula, um problema comum à medida que os homens envelhecem, ou da prostatite, uma inflamação prevalente nos mais jovens.
Neste artigo, explicamos o que é considerado noctúria e as possíveis causas do sintoma relacionadas à próstata. Além disso, mostramos como são os respectivos tratamentos. Confira!
O que é micção noturna frequente?
Considera-se como micção noturna frequente o ato de levantar para urinar, duas ou mais vezes, durante a noite. A noctúria pode ser um sintoma de diversos problemas, gerando desconforto e impactos negativos no dia a dia.
Isso porque, um sono de qualidade — que seja realmente reparador — deve ser contínuo. Por outro lado, quando frequentemente interrompido, leva à sonolência diurna, sensação de fadiga, aumento da irritabilidade, falta de concentração, entre outros problemas.
Como é o diagnóstico do problema?
Como mostrado, acordar uma vez por noite para urinar é considerado normal. Porém, se a necessidade se torna mais intensa, é preciso investigar o que está acontecendo.
O principal fator relacionado à micção noturna frequente é a incapacidade de esvaziar, completamente, a bexiga. Esse problema pode ser desencadeado por diversas condições, incluindo a hiperplasia prostática benigna (HPB).
Isso ocorre porque o aumento da glândula exerce uma pressão contra a uretra, obstruindo-a. Dessa forma, há sempre um volume residual de urina na bexiga, fazendo com que o homem precise ir, repetidamente, ao banheiro — inclusive, durante a noite.
Para diagnosticar a HPB, geralmente, realiza-se o exame de toque retal e a dosagem do antígeno prostático específico (PSA) no sangue. Às vezes, solicita-se um exame de urina (urianálise), para descartar a presença de infecção ou outros problemas.
Outra causa comum para a micção noturna frequente é a prostatite. Devido ao processo inflamatório, ocorre um inchaço da glândula e a consequente compressão do canal uretral.
Para diagnosticar a prostatite, o urologista também realiza o exame de toque retal. Além disso, em alguns casos, costuma solicitar a análise laboratorial de secreção prostática, um exame de urina e exames de imagem, como a ultrassonografia da próstata.
Mas, além dos distúrbios da próstata, há, ainda, outras possíveis condições relacionadas à noctúria. As principais são:
- infecções do trato urinário (ITU) crônicas;
- infecções bacterianas;
- diabetes;
- hipertensão arterial;
- doença vascular;
- distúrbios do sono.
Seja como for, o diagnóstico preciso é crucial para a indicação de um tratamento efetivo. Esse objetiva recuperar o bem-estar e preservar a saúde do paciente.
Como é o tratamento da noctúria?
O tratamento da noctúria varia conforme sua causa primária, devendo ser indicado de maneira individualizada. Por exemplo: quando se trata de um sintoma da HPB, o urologista costuma sugerir:
- melhorias no estilo de vida, como praticar exercícios físicos regularmente, restringir a ingestão de cafeína, evitar bebidas alcoólicas e reduzir a quantidade de líquidos à noite;
- e uso de medicamentos alfa-bloqueadores, que atuam no relaxamento dos músculos da próstata e da bexiga, melhorando o fluxo urinário.
Já para quadros de HPB em que a abordagem medicamentosa não surte o efeito desejado, pode-se indicar procedimentos como ressecção transuretral da próstata (RTUP), vaporização COM LASER OU A PROSTATECTOMIA.
Saiba mais em: Cirurgia de próstata: conheça os tipos e quando é indicada
Se a causa for prostatite, o tratamento pode ser feito com antibióticos (quando de origem bacteriana) ou anti-inflamatórios. Ao mesmo tempo, pode-se indicar medicamentos que relaxam os músculos da próstata e da bexiga.
Portanto, o primeiro passo é investigar a causa da micção noturna frequente, para definir o tratamento mais adequado. Como mostrado, o aumento da próstata é uma das principais razões, mas apenas um urologista pode dizer, com precisão, a origem do problema.
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