A lista de fatores de risco do câncer — uma doença multifatorial — é longa. Tratam-se de condições (externas e internas) favoráveis à mutação das células, aumentando as chances de desenvolvê-lo. Assim, apesar de não sabermos ao certo porque algumas pessoas têm a doença e outras não, é possível evitar seus potencializadores.
Neste artigo, abordamos os fatores de risco gerais, bem como a importância da prevenção. Mostramos, também, se existem fatores de risco específicos para o câncer de próstata (segundo tipo mais incidente entre os homens). Confira!
Quais são os fatores de risco do câncer?
O câncer é uma doença crônica não-transmissível (DCNT). Isso significa que, muitas vezes, ele se desenvolve sem que a pessoa perceba e demora anos para se manifestar.
Entre os fatores de risco gerais, há aqueles que podem ser controlados, ligados a comportamentos, e os que não podem, ligados à herança genética e ao próprio envelhecimento. Moral da história: cabe a cada um conhecer e diminuir o impacto desses fatores sobre a própria vida. É o caso do:
- tabagismo;
- alcoolismo;
- alimentação rica em gorduras saturadas, especialmente de fontes animais, e produtos ultraprocessados;
- sedentarismo;
- poluição ambiental;
- contato com substância tóxicas no trabalho (como solventes, fuligens, colas, pesticidas etc);
- exposição à radiação (ionizante e solar);
- relações sexuais desprotegidas; entre outros.
Outro aspecto fundamental, além de evitar os fatores de risco comportamentais, é a adoção de medidas preventivas adicionais. É o caso dos:
- check-ups médicos de rotina, incluindo exames físicos e complementares (laboratoriais e de imagem);
- tratamentos de eventuais distúrbios e doenças, que aumentam as chances de desenvolver um câncer.
Assim, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca),a prevenção pode ser primária ou secundária. Na prevenção primária, objetiva-se impedir o desenvolvimento da doença, evitando seus fatores de risco e adotando hábitos de vida saudáveis. Na secundária, o objetivo é detectar e tratar condições pré-malignas ou mesmo cânceres em estágios iniciais, ainda assintomáticos.
Existem fatores de risco específicos para o câncer de próstata?
De acordo com o Ministério da Saúde, os principais fatores de risco associados ao câncer de próstata são comuns aos cânceres em geral. É o caso do envelhecimento, histórico familiar e sobrepeso ou obesidade.
Portanto, não existem fatores de risco específicos para a doença, o que faz com que seja necessário adotar uma estratégia de detecção precoce.
Funciona assim: quando não há sinais ou sintomas sugestivos para a neoplasia, basta comparecer às consultas urológicas periódicas e realizar os exames de rotina. Já quando existem sinais ou sintomas possivelmente associados à doença, deve-se fazer o chamado rastreamento.
Segundo consenso da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), a partir dos 50 anos, todos os homens devem procurar um urologista para fazer uma avaliação individualizada. Se houver fatores de risco do câncer de próstata, como parentes de primeiro grau com a doença, recomenda-se começar aos 45 anos.
A indicação para o rastreamento, entretanto, só será feita após a análise criteriosa dos riscos e benefícios, sendo uma decisão tomada em conjunto com o paciente. De qualquer forma, é importante reforçar que o diagnóstico precoce permite que um eventual tratamento seja mais simples e efetivo. Portanto, é fundamental para a cura da doença, bem como para uma melhor qualidade de vida!
Como é o diagnóstico e o tratamento do câncer?
Para confirmar um diagnóstico, deve-se fazer a biópsia do tumor. O tratamento é individualizado — variando conforme seu tipo, estágio e localização, assim como idade, possíveis comorbidades e preferências do paciente.
Pode-se, muitas vezes, indicar tratamentos multidisciplinares complementares, como fisioterapia, nutrição funcional, entre outros. Dessa forma, é possível potencializar o tratamento oncológico e melhorar o bem-estar do paciente.
No caso do câncer de próstata, especificamente, a detecção se inicia com alterações notadas no exame de toque retal e/ou no exame de PSA (antígeno prostático específico). Para diagnosticá-lo, realiza-se a biópsia da próstata, procedimento no qual pequenas amostras de tecido glandular são coletadas e analisadas em laboratório.
Já para tratá-lo, em caso de tumores localizados, pode-se recorrer às cirurgias minimamente invasivas. Entre outras vantagens, essas apresentam poucos riscos e possibilitam uma recuperação mais rápida e tranquila, em comparação às cirurgias abertas convencionais.
Para realizá-las são feitas pequenas incisões, através das quais são inseridos a microcâmera e os instrumentos cirúrgicos. As opções são:
- laparoscopia, que permite visualizar e operar o interior da pelve, possibilitando a remoção da glândula e dos tecidos adjacentes (prostatectomia radical);
- cirurgia robótica, cuja execução dos movimentos cirúrgicos é mais precisa, uma vez que é realizada pelo robô controlado pelo cirurgião, possibilitando a ressecção tumoral ou a prostatectomia radical.
Veja mais em: Guia completo: cirurgia robótica para câncer de próstata
Agora que você conhece os fatores de risco do câncer, adote os cuidados necessários. Aproveite, também, para divulgar essa informação com seus amigos e familiares. Afinal, educação sobre prevenção, diagnóstico precoce e tratamento adequado é fundamental para ter uma vida longa e saudável!
Se desejar saber mais sobre cirurgias minimamente invasivas para tumores urológicos, agende uma consulta com os especialistas da Urologia Vida, localizada em Osasco, SP. E para se manter atualizado sobre a saúde masculina, siga-nos no Instagram e Facebook!