Como saber se eu estou com a bexiga baixa?

Como saber se eu estou com a bexiga baixa?

A saúde do sistema urinário desempenha um papel fundamental na qualidade de vida e qualquer anomalia nesse sistema pode causar impactos significativos. Nesse contexto, um problema que pode afetar tanto homens quanto mulheres é a bexiga baixa, também conhecida como cistocele.

O que é bexiga baixa?

Essa é uma condição no qual a parede da bexiga desce para a região vaginal, o que resulta em uma sensação de pressão ou peso na região pélvica. A bexiga baixa é mais prevalente em mulheres, especialmente após a menopausa, mas também pode afetar homens.

Estima-se que aproximadamente 11,1% das mulheres passarão por procedimentos cirúrgicos relacionados a disfunções do assoalho pélvico, como os prolapsos genitais e incontinência.

Quais as causas dessa condição?

Os órgãos presentes na cavidade pélvica – como a bexiga, o útero e os intestinos – são habitualmente sustentados em sua posição pelos músculos e ligamentos, que constituem o assoalho pélvico. Quando ocorre o enfraquecimento dessas estruturas, é possível que a bexiga baixa se desenvolva.

Portanto, uma das principais causas da bexiga baixa é o enfraquecimento dos músculos pélvicos. Nesse contexto, muitos podem ser os motivos, como a gravidez e o parto vaginal. Além disso, o envelhecimento, a obesidade e atividades de alto impacto também podem contribuir para o desenvolvimento dessa condição.

Quando devo suspeitar do problema?

Suspeitar da bexiga baixa é fundamental para buscar o tratamento adequado a tempo de evitar complicações adicionais. Existem vários sintomas que podem indicar a presença dessa condição. Abaixo estão alguns sinais para você considerar a possibilidade do problema.

Sensação de pressão na pélvis

sensação persistente de pressão ou peso na região pélvica, principalmente após ficar em pé por longos períodos, pode ser um sinal da bexiga baixa. Essa pressão pode aumentar durante atividades físicas, como levantar objetos pesados.

Dificuldade em esvaziar a bexiga

Se você tiver dificuldade em esvaziar completamente a bexiga ou sentir que ainda precisa urinar mesmo após ter ido ao banheiro, isso pode ser um indicativo de que a bexiga não está funcionando corretamente.

Incontinência urinária

perda involuntária de urina, especialmente ao tossir, espirrar, rir ou fazer atividades físicas, é um sintoma comum da bexiga baixa. Se você notar que está tendo episódios frequentes de incontinência urinária, é importante procurar ajuda médica.

Desconforto durante as relações sexuais

Algumas mulheres relatam desconforto ou dor durante as relações sexuais, devido à pressão exercida pela bexiga. Se isso ocorrer regularmente, é aconselhável buscar um profissional.

Tenha em mente que esses sintomas podem variar entre os indivíduos, assim como sua intensidade pode ser influenciada pelo grau de prolapso da bexiga. Se você identificar algum desses sinais, é muito importante procurar um médico especializado, como um urologista. 

Diagnóstico

Geralmente o diagnóstico começa com uma consulta médica. Nela, o médico realizará uma revisão detalhada do histórico médico do paciente e fará perguntas sobre os sintomas relatados.

Após a revisão dos sintomas e histórico médico, é a hora do exame físico, no qual poderá observar qualquer prolapso visível da bexiga na região vaginal. Com esse exame, também é possível avaliar a força dos músculos do assoalho pélvico.

Em alguns casos, pode ser necessário a realização de exames de imagem, como ultrassonografia ou ressonância magnética, para obter uma imagem mais clara do problema. Esses exames de imagem podem ajudar o médico a determinar a gravidade do prolapso e a planejar o tratamento adequado.

É importante destacar que essa é uma condição no qual os graus variam de I a IV, e são usados para descrever o quão severo é o problema. Confira mais no infográfico abaixo!

É importante destacar que a classificação dos graus pode variar entre os profissionais de saúde, mas eles costumam seguir essa progressão de leves a graves. Por isso, tenha em mente que o diagnóstico da bexiga baixa deve ser feito por um médico especializado, que possui experiência na avaliação e tratamento dessas condições.

Possíveis tratamentos

O tratamento dessa condição vai depender da gravidade dos sintomas e do grau do prolapso. Para casos leves a moderados, a fisioterapia pélvica é uma opção comum. Essa terapia envolve exercícios específicos para fortalecer os músculos do assoalho pélvico, ajudando a melhorar o suporte à bexiga e aliviar os sintomas.

Em situações mais graves ou quando a fisioterapia falha, procedimentos cirúrgicos podem ser indicados. Existem técnicas cirúrgicas disponíveis, desde a reparação de tecidos enfraquecidos até a colocação de dispositivos como o pessário, que ajuda a sustentar a bexiga na posição correta. No entanto, a escolha do tratamento será baseada na avaliação do médico e nas necessidades individuais do paciente.

Se você ainda tem dúvidas sobre a bexiga baixa, seus sintomas ou opções de tratamento, entre em contato com nossa equipe e agende uma consulta com um de nossos especialistas. Estamos à disposição!

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