A qualidade de vida pode ser afetada por diferentes tipos de condições médicas, como a incontinência urinária, por exemplo. Para muitos, essa condição pode gerar muito desconforto, e, nesse contexto, o esfíncter artificial se apresenta como uma solução avançada e eficaz para tratar o problema.
Neste artigo, iremos abordar o que é o procedimento, quando ele é recomendado e tudo o que é importante saber sobre o tema.
Entendendo a incontinência urinária
A incontinência urinária é uma condição que afeta milhões de pessoas no mundo, independente de idade ou gênero. Ela é definida pela perda involuntária de urina, o que resulta em um impacto significativo na qualidade de vida dos indivíduos afetados.
Existem diferentes tipos de incontinência urinária, cada uma delas com suas causas e características distintas. A incontinência urinária de esforço, por exemplo, é um dos tipos mais comuns, ocorrendo quando a pressão súbita sobre a bexiga, como ao tossir, espirrar ou praticar atividades físicas, leva à perda de urina.
Contudo, também é possível observar a incontinência de urgência e a mista. Independente do tipo, entender essa condição envolve compreender não apenas os sintomas visíveis, mas também os fatores subjacentes que podem contribuir para o problema.
Fatores como fraqueza dos músculos do assoalho pélvico, alterações hormonais, condições médicas prévias, como gravidez e parto, além de questões relacionadas à saúde do trato urinário, desempenham um papel fundamental no desenvolvimento e na gestão da incontinência urinária.
Um diagnóstico preciso e um plano de tratamento individualizado são essenciais para ajudar os indivíduos a recuperar o controle e melhorar sua qualidade de vida.
Esfíncter artificial para incontinência urinária
O esfíncter artificial é um dispositivo médico desenvolvido para auxiliar no controle da micção em pacientes com incontinência urinária grave ou disfunção do esfíncter natural. Esse dispositivo mecânico é projetado para replicar a função do esfíncter fisiológico, possibilitando ao paciente retomar o controle voluntário sobre o fluxo urinário.
Ele consiste em uma estrutura composta por materiais biocompatíveis, como silicone ou outros polímeros, e componentes mecânicos implantados cirurgicamente ao redor da uretra e da bexiga. Sua função principal é regular o fluxo de urina, permitindo ao paciente controlar quando e como ocorrerá a micção.
Segundo a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), a implantação do esfíncter artificial é o procedimento padrão-ouro para a incontinência urinária, sendo fundamental para pacientes que não responderam a tratamentos mais conservadores ou menos invasivos.
Quando o tratamento é indicado?
Esse procedimento é frequentemente indicado para pacientes que sofrem de incontinência urinária grave e não respondem a outros tratamentos.
Geralmente, é recomendado quando medidas como terapias comportamentais, uso de medicamentos ou intervenções menos invasivas não proporcionam alívio adequado aos sintomas. Também existe a possibilidade do paciente em questão não ser viável a esse procedimento.
Sabe-se que a incontinência urinária grave pode afetar drasticamente a qualidade de vida, limitando as atividades diárias e causando constrangimento significativo. Portanto, o esfíncter artificial se torna uma opção terapêutica valiosa para pacientes que desejam recuperar o controle sobre a micção.
Contudo, tenha em mente que a decisão de indicar essa técnica é feita após uma avaliação cuidadosa do histórico médico do paciente, gravidade da incontinência, saúde geral e expectativas individuais, visando proporcionar uma solução eficaz e personalizada para cada caso.
Como ele é realizado?
O processo de implantação do esfíncter artificial é realizado por meio de uma cirurgia, geralmente realizada por um urologista especializado. Consiste na colocação do dispositivo ao redor da uretra e da bexiga para controlar o fluxo de urina.
Inicialmente, o paciente é anestesiado para garantir o conforto durante todo o procedimento. A cirurgia envolve a criação de pequenas incisões na região abdominal para acessar a área ao redor da uretra e da bexiga.
Durante o procedimento, o dispositivo do esfíncter artificial é cuidadosamente posicionado e fixado ao redor da mesma região acessada anteriormente. O dispositivo é composto por componentes mecânicos que ajudam a regular o fluxo urinário, imitando a função do esfíncter natural.
Uma vez implantado, o esfíncter artificial é ajustado conforme a necessidade, para garantir um funcionamento adequado e eficaz. Após a conclusão da cirurgia, é essencial que o paciente siga rigorosamente as orientações médicas para a recuperação adequada.
O acompanhamento pós-operatório é fundamental para garantir que o dispositivo esteja funcionando corretamente, além de evitar complicações.
Resultados e benefícios
Os resultados do implante do esfíncter artificial são frequentemente positivos. Embora haja uma revisão sistemática que aponta uma porcentagem ligeiramente maior de pacientes com sling masculino apresentando índices de cura, os resultados para pacientes com esfíncter artificial também são encorajadores.
Um dos principais benefícios é a restauração do controle sobre a micção, permitindo que as pessoas retomem suas atividades diárias sem a preocupação constante com a incontinência urinária.
Essa capacidade de controlar voluntariamente o fluxo urinário oferece uma sensação de segurança e confiança, reduzindo o constrangimento e o desconforto associados à perda involuntária de urina.
Outro benefício importante é a redução da necessidade de depender de medidas paliativas, como o uso constante de absorventes ou outros dispositivos de contenção urinária.
Portanto, se você ou alguém que conhece está buscando um urologista em Osasco para tratar a incontinência urinária com o esfíncter artificial, entre em contato com a Urologia Vida. Nossos profissionais estão preparados para tirar todas as dúvidas sobre esse procedimento.