O risco de desenvolver pedra nos rins (litíase urinária) independe da estação. O que acontece no inverno, por conta das baixas temperaturas, principalmente, no Sul e Sudeste, é que as pessoas desenvolvem hábitos que favorecem sua ocorrência. A boa notícia é que, com medidas simples, pode-se prevenir o problema!
Neste artigo, mostramos quais fatores associados ao frio (ou não) podem aumentar as chances de formar o temido cálculo renal — termo médico para a doença. Além disso, detalhamos as principais estratégias preventivas e explicamos quando é necessário procurar ajuda especializada. Continue a leitura e confira!
O frio do inverno aumenta o risco de formar pedra nos rins?
Como explicamos, não é o inverno, propriamente, que aumenta o risco de formar pedra nos rins. Na verdade, é o estilo de vida que algumas pessoas adotam durante a estação que potencializa a concentração de cristais na urina, levando ao problema. Isso inclui:
- menor ingestão de água no dia a dia;
- aumento do consumo de chás, cafés e bebidas alcoólicas;
- excesso de sal e proteínas de origem animal na alimentação.
Aprofunde-se no assunto: Litíase urinária: conheça os sintomas, diagnóstico e tratamento
Vale considerar, ainda, a existência dos diversos fatores de risco que aumentam as chances de desenvolver cálculos. Tratam-se:
- da obesidade;
- do sedentarismo ou da imobilização prolongada (sob internação hospitalar, por exemplo);
- do diabetes não controlado;
- das infecções urinárias de repetição;
- do hiperparatireoidismo;
- da Doença de Crohn;
- de alterações anatômicas nas vias urinárias;
- do uso de medicamentos nefrotóxicos;
- da automedicação (uso indiscriminado de remédios, suplementos alimentares e/ou vitaminas);
- e do histórico familiar da doença.
Quais medidas devem ser adotadas para prevenir o problema?
A melhor forma de prevenir a ocorrência de pedra nos rins, seja no frio ou no calor, é manter uma hidratação adequada e alimentação saudável. Para isso, recomenda-se:
- beber de 2 a 3 litros de água por dia;
- fazer das frutas, verduras, legumes, oleaginosas e cereais integrais a base da dieta;
- tomar suco fresco natural de frutas cítricas (principalmente, de limão, rico em citratos);
- reduzir o sal utilizado no preparo dos alimentos, dando preferência a ervas e outros temperos naturais;
- controlar o consumo de carnes, principalmente, vermelhas;
- evitar o consumo de vísceras e miúdos, assim como de embutidos em geral;
- evitar produtos alimentares ultraprocessados, como macarrão instantâneo, bolachas recheadas, temperos prontos (em tabletes ou saquinhos),refrigerantes, sucos (em pó e de caixinha),entre tantos outros.
No caso de quem já apresentou algum episódio de cálculo renal, deve-se aumentar ainda mais a ingesta hídrica, objetivando deixar a urina quase transparente. Esse cuidado é necessário porque a chance de o problema recorrer, em até cinco anos, é de 50%.
Em relação às atividades físicas, pratique-as regularmente. Isso ajuda a manter o peso corporal ideal e prevenir o desenvolvimento de doenças crônicas.
Por último, mas não menos importante: vá às consultas urológicas de rotina, seguindo a periodicidade recomendada. Vale lembrar que, além de cuidar da saúde do homem, o urologista também trata de distúrbios no sistema urinário feminino.
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Quais são os sinais de alerta para o cálculo renal?
Depende do estágio da doença. Quando o cálculo não está se movimentando, pode-se sentir dor lombar crônica (de um só lado),que piora com a prática de exercícios físicos. Muitas vezes, a pessoa também apresenta sangue visível na urina (hematúria). Além disso, é comum ter episódios recorrentes de infecções urinárias.
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Por outro lado, quando o cálculo se movimenta, saindo dos rins em direção ao ureter, tem-se a conhecida cólica renal. Essa se manifesta de repente, como uma dor aguda excruciante, também na região lombar. Ao mesmo tempo, é comum ocorrerem náuseas, vômitos e febre.
Caso apresente os referidos sinais e sintomas, procure um urologista para fazer uma avaliação e ver o que deve ser feito. É importante lembrar que a pedra nos rins é altamente curável, mas que se não for oportuna e adequadamente tratada, pode levar a complicações renais irreversíveis.
Se estiver na região de Osasco, SP, conte com o time de especialistas da clínica Urologia Vida. Entre em contato para agendar uma consulta ou esclarecer alguma dúvida. Estamos à sua disposição!