A litíase urinária, também conhecida como cálculo renal, é uma condição comum que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Trata-se da formação de cálculos sólidos nos rins ou nas vias urinárias, as famosas pedras nos rins, resultantes da cristalização de substâncias presentes na urina.
Neste artigo, vamos explorar o que é a litíase urinária, quais são os principais sintomas de alerta, como é diagnosticada, os tratamentos disponíveis e a importância de procurar um especialista qualificado para o tratamento adequado.
Litíase urinária: o que é?
Conhecida como pedras nos rins, a litíase urinária refere-se à formação de cálculos, que podem ocorrer nestes órgãos ou em outras partes do trato urinário. Ela se desenvolve quando certas substâncias presentes na urina, como oxalato de cálcio, ácido úrico e fosfato de cálcio, se acumulam e cristalizam.
Esses cálculos renais são compostos por cristais que se formam a partir de substâncias presentes na urina, podendo variar em tamanho e quantidade, podendo ser tão pequenos quanto um grão de areia ou tão grandes quanto uma bola de golfe.
Segundo a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), essa é uma das doenças mais comuns do trato urinário e afeta aproximadamente 10% da população mundial. Além disso, ele é descrito como uma doença recidivante, o que significa que uma pessoa pode ter vários episódios de formação de cálculos renais ao longo da vida.
As causas mais frequentes da litíase urinária estão relacionadas a fatores como predisposição genética, sedentarismo, obesidade e outros. O Ministério da Saúde também informa que uma dieta rica em sal e a baixa ingestão de líquidos também são fatores que podem contribuir para o desenvolvimento da doença.
Quais são os sintomas?
A dor intensa é um sintoma característico da litíase urinária, contudo, existe uma variedade de sintomas de alerta que podem indicar a presença de cálculos renais. É importante estar atento a esses sinais para buscar o diagnóstico e tratamento adequados.
Além da dor, entre os principais sintomas de alerta da doença, destacam-se:
- presença de sangue na urina;
- micção frequente;
- episódios de náuseas e vômitos.
Por ser o sintoma mais presente nos quadros de litíase urinária, a dor intensa é descrita como uma dor aguda e súbita na região lombar ou abdominal, podendo irradiar para a virilha. Além disso, a intensidade da dor causada pelos cálculos renais pode desencadear episódios de náuseas e vômitos.
Ao perceber algum desses sintomas de alerta, é fundamental buscar atendimento médico especializado. O urologista irá realizar uma avaliação completa, incluindo exames específicos, para confirmar o diagnóstico de litíase urinária e prescrever o tratamento adequado.
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico da litíase urinária é realizado por meio de avaliação clínica, exames de imagem e análise laboratorial. Para isso, o profissional realizará uma análise detalhada, buscando informações sobre os sintomas apresentados, histórico familiar, estilo de vida e possíveis fatores de risco.
Para confirmar o diagnóstico, os exames de imagem desempenham um papel fundamental. A tomografia computadorizada (TC) é considerada o padrão de ouro para identificar a presença de cálculos renais e determinar sua localização, tamanho e número. A ultrassonografia também pode ser utilizada para identificar a presença de cálculos, especialmente em casos de obstrução do trato urinário.
Além dos exames de imagem, a análise laboratorial da urina pode fornecer informações importantes para o diagnóstico. O exame de urina pode revelar a presença de sangue, cristais ou células inflamatórias, que são indicativos da presença de cálculos ou complicações relacionadas.
Em alguns casos, podem ser necessários exames complementares para avaliar a função renal e identificar possíveis fatores predisponentes, como distúrbios metabólicos. Exames de sangue, como dosagem de cálcio, ácido úrico e outros eletrólitos, podem auxiliar no diagnóstico e no planejamento do tratamento.
Quais são os tratamentos para a litíase urinária?
O tratamento da litíase urinária varia de acordo com o tamanho, localização e composição dos cálculos renais, bem como a gravidade dos sintomas apresentados pelo paciente. No geral, o tratamento médico se baseia em alguns pilares fundamentais, como o aumento da ingestão de água, dieta pobre em proteínas, uso de determinados medicamentos e, em alguns casos, cirurgia.
No caso de cálculos de cálcio, o tratamento requer uma avaliação individual, considerando características específicas, além de riscos e benefícios do tratamento indicado para a situação.
Cálculos com diâmetro superior a 8 mm devem ser analisados para possível tratamento, especialmente se forem sintomáticos. Em contrapartida, cerca de 80% dos cálculos com menos de 4 mm passam pelo ureter e são eliminados espontaneamente, muitas vezes sem causar sintomas.
Portanto, existem diferentes abordagens terapêuticas disponíveis, que podem incluir medidas conservadoras, intervenções minimamente invasivas ou procedimentos cirúrgicos mais complexos, como a laparoscopia.
É importante frisar que o tratamento deve ser individualizado, considerando as características específicas de cada paciente. O acompanhamento médico é fundamental para determinar a melhor abordagem terapêutica e garantir uma recuperação segura e eficaz.
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